Transtornos Depressivos e seus Possíveis Fatores Causais em Profissionais Enfermeiros de um Hospital Filantrópico

Autores

  • Daniella Brunelli D’Avila de Santana Universidade Anhanguera-Uniderp, Curso de Medicina. MS, Brasil.
  • Letticia Parreira Neves Universidade Anhanguera-Uniderp, Curso de Medicina. MS, Brasil.
  • Maria Clara Siufi Universidade Anhanguera-Uniderp, Curso de Medicina. MS, Brasil.
  • Marina Franco Panovich Universidade Anhanguera-Uniderp, Curso de Medicina. MS, Brasil.
  • Milena Nakase Takayassu Universidade Anhanguera-Uniderp, Curso de Medicina. MS, Brasil.
  • Stela da Silva Chiquetto Universidade Anhanguera-Uniderp, Curso de Medicina. MS, Brasil.
  • Tatiane Laís Tanahara Universidade Anhanguera-Uniderp, Curso de Medicina. MS, Brasil.
  • Vinícius Henrique Baziquetto Universidade Anhanguera-Uniderp, Curso de Medicina. MS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17921/1415-6938.2018v22n1p43-46

Resumo

O presente estudo visa analisar a prevalência de depressão nos profissionais enfermeiros de um Hospital Filantrópico, em Campo Grande/MS, que nunca haviam tido diagnóstico de depressão anteriormente, correlacionando com aspectos sociodemográficos e laborais, como período de trabalho e horas de descanso semanal. Tratou-se de um estudo de caráter quantitativo, aspecto analítico, observacional e transversal, realizado com 89 enfermeiros do Hospital Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande, com início em maio de 2015 e término em novembro de 2016. Para a análise, foram aplicados dois questionários, sendo um de autoria própria (com perfil sociodemográfico, qualidade de vida e de trabalho e saúde mental), e outro validado, representado pelo Inventário de Depressão de Beck, o qual possibilita inferir o diagnóstico de depressão. Dos 89 profissionais enfermeiros, a prevalência de casos de depressão foi de 2 (2,2%), sendo que 9 (11,1%) se mostraram disfóricos e os demais não tiveram alterações relacionadas a tal enfermidade psiquiátrica. Daqueles trabalhadores com depressão, 2 (2,2%) eram do sexo feminino, 2 (2,2%) eram solteiros e 2 (2,2%) exerciam seu trabalho no período vespertino. Houve maior prevalência de depressão nos enfermeiros do sexo feminino, solteiros, que exerciam suas atividades no turno vespertino e possuíam um ou nenhum período de lazer durante a semana.

Palavras-chave: Depressão. Enfermagem. Qualidade de Vida. Saúde Mental.

Abstract

The present study has as its main objective to analyze the depression prevalence in nurses in a Philantropic Hospital in Campo Grande MS that have never been previously diagnosed with depression correlating with sociodemographic and labor aspects, such as work period and weekly rest hours. This was a quantitative, analytical observational and cross sectional study with 89 nurses from Hospital Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande , that began on May of 2015 and ended on November of 2016. For the analysis two questionnaires were applied, one of the author’s authorship (with sociodemographic profile, quality of life and work and mental health) and another validated, Beck Depression Inventory, which allows to classify depression diagnosis. From 89 nurses, the prevalence of depression cases were 2 nurses (2,2%), and 9 (11,1%) were dysphoric and the others had no relevant alterations. Of those with depression 2 (2,2%) were female, 2 (2,2%) were single and 2 (2,2%) exercised their work in the evening period. There was higher prevalence of depression in female, single nurses that exercised their work in the evening period and had one or no free time during the week.

Keywords: Depression. Nursing. Quality of Life. Prevalence. Mental Health.

Referências

BAPTISTA, M.N.; BAPTISTA, A.S.D.; OLIVEIRA, M.G. Depressão e gênero: por que as mulheres deprimem mais que os homens? Temas Psicol., v.7, n.2, p.143-156, 1999.

BECK, A.T. et al. Cognitive therapy of depression. New York: Guilford Press, 1979.

BOOTH, R. The nursing shortage: a worldwide problem. Rev. Latinoam. Enferm., v.10, n.3, p.392-400, 2002.

CARDOSO, L.R.D. Psicoterapias comportamentais no tratamento da depressão. Psicol. Argum., v.29, n.67, p.479-489, 2011.

COLETA, G.P. A depressão em crianças e adolescentes e suas implicações na escola. Campinas: Unicamp, 2012.

HELOANI, J.R.; CAPITAO, C.G. Saúde mental e psicologia do trabalho. São Paulo Perspec., v.17, n.2, p.102-108, 2003.

LAGE, J.T. Neurobiologia da depressão. Porto: Universidade do Porto, 2011.

OLIVEIRA, K. L. et al. Relação entre ansiedade, depressão e desesperança entre grupos idosos. Psicol estud. 2006; 11(2): 351-359.

RUGGIERO, J. Correlates of fatigue in critical care nurses. Res. Nurs. Health, v.26, p.434-444, 2003.

SALEHI, A.; JAVANBAKHT, M.; EZZATABABDI, M.R. Stress and its determinants in a sample of Iranian nurses. Holist Nurs Pract., v.28, n.5, p.323-328, 2014. doi: 10.1097/HNP.0000000000000043

STACCIARINI, J.M.R.; TROCCOLI, B.T. O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. Rev. Latinoam. Enferm., v.9, n.2, p.17-25, 2001.

VARGAS, D.; DIAS, A.P.V. Depression prevalence in Intensive Care Unit nursing workers: a study at hospitals in a northwestern city of São Paulo State. Rev. Latinoam. Enferm., v.19, n.5, p.1114-1121, 2011.

WEISSMAN, M.; OLFSON, M. Depression in women: implication for health care research. Science, v.269, p.799-801. 1995.

Downloads

Publicado

2018-04-30

Como Citar

SANTANA, Daniella Brunelli D’Avila de; NEVES, Letticia Parreira; SIUFI, Maria Clara; PANOVICH, Marina Franco; TAKAYASSU, Milena Nakase; CHIQUETTO, Stela da Silva; TANAHARA, Tatiane Laís; BAZIQUETTO, Vinícius Henrique. Transtornos Depressivos e seus Possíveis Fatores Causais em Profissionais Enfermeiros de um Hospital Filantrópico. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 43–46, 2018. DOI: 10.17921/1415-6938.2018v22n1p43-46. Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/5269. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos