Conhecimentos dos Pacientes da Clínica Escola de Fisioterapia Sobre o Uso de Anti-Inflamatórios Não Esteroidais (AINE)

Autores

  • Rodrigo Boscariol Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.
  • Leonardo Luiz Barretti Secchi Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia; e Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.
  • Leonardo Luiz Barretti Secchi Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia; e Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.
  • Paula Monticelli Universidade de Sorocaba, SP, Brasil.
  • Paula Monticelli Universidade de Sorocaba, SP, Brasil.
  • Danilo Armbrust Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.
  • Danilo Armbrust Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.
  • Janaina Daniel Ouchi Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.
  • Janaina Daniel Ouchi Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.
  • Franciny Faculdade Anhanguera, SP, Brasil. Dantas
  • Franciny Faculdade Anhanguera, SP, Brasil. Dantas
  • Suédia Maraisa Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.
  • Suédia Maraisa Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17921/1415-6938.2019v23n3p175-179

Resumo

Atualmente, observa-se que os medicamentos estão presentes praticamente no cotidiano de todos os indivíduos, presentes não somente nos consultórios e hospitais, mas também nos lares, sendo que a maioria destes não precisam de prescrições médicas. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINE) estão entre as classes medicamentosas mais utilizadas no mundo, sobretudo para tratar inflamação, dor e edema, osteoartrites, artrite reumatoide e distúrbios musculoesqueléticos. O objetivo deste estudo foi identificar a utilização e o nível de conhecimento sobre as possíveis reações adversas dos AINE, pelos pacientes da Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Sorocaba. Foi realizado um estudo transversal, quantitativo, por meio da aplicação de um questionário investigativo. Foram incluídos no estudo pacientes adultos, homens e mulheres, que deram início ao tratamento de fisioterapia. No estudo, 88,33% dos pacientes acreditam que os AINE aliviam a dor e 85% responderam que receberam uma prescrição de AINE durante o atual tratamento. Quando indagados quanto a eficácia do uso de AINE concomitante com a fisioterapia, 65% responderam que os anti-inflamatórios ajudaram no tratamento com o alívio da dor. Sobre os problemas de saúde relacionados ao uso prolongado de AINEs, 61,66% responderam que possuem conhecimento. O uso crônico de AINE é acompanhado de diversos efeitos colaterais e adversos, os quais devem ser sempre alertados aos usuários, fato esse não observado neste estudo de acordo com as respostas dos participantes do estudo.

 

Palavras-chave: Inflamação. Sistema Osteomuscular. Automedicação.

 

 

 

 

Abstract

Currently, it is observed that medicines are present almost on a daily basis of all individuals, present not only in clinics and hospitals, but also in homes, being that most of these do not require medical prescriptions. The non-steroid anti-inflammatory drugs (NSAIDS) are among the most widely used drug classes in the world, especially to treat inflammation, pain and edema, osteoarthritis, rheumatoid arthritis and musculoskeletal disorders. The objective of this study was to identify the use and the level of knowledge about the possible adverse reactions of NSAIDS, by patients of the Clinic School of Physiotherapy at  Faculdade Anhanguera Sorocaba. A cross-sectional, quantitative study was conducted, through the application of an investigative questionnaire. Patients included in the study were adults, men and women, who  started the physiotherapy treatment. In the study, 88.33% of patients believe that  NSAIDS relieve pain and 85% responded that they received an NSAID  prescription  during the current treatment. When asked about the effectiveness of the use of NSAID concomitantly with physiotherapy, 65% responded that the anti-inflammatories helped in dealing with the pain relief. About the health problems concerning  the  prolonged use of NSAIDS, 61.66% answered that they are aware of. The chronic use of NSAIDS is accompanied by various adverse and side effects, which should always be alerted to the  users, fact  which was not observed in this study, according to the study participants’ answers.

 

Keywords: Inflammation. Musculoskeletal System. Self-Medication.

Biografia do Autor

Rodrigo Boscariol, Faculdade Anhanguera, SP, Brasil.

Professor de Farmacologia nos cursos de Enfermagem e Fissioterapia da faculdade Anhanguera de Sorocaba.

Referências

ALCÁNTARA MONTERO, A.; SÁNCHEZ CARNERERO, C.I. Tratar el dolor con analgésicos de venta libre: aspirina, paracetamol e ibuprofeno. Med. Fam. SEMERGEN, v.42, n.8, p.e160-e161, 2016. doi: 10.1016/j.semerg.2015.10.008.

BATLOUNI, M. Anti-inflamatórios não esteroides: efeitos cardiovasculares, cérebro-vasculares e renais. Arq. Bras. Card., Inst. Dante Pazzanese Card., v.94, n.4, p.556-563, 2010.

BRAUND, R.; ABBOTT, H. Recommending NSAIDs and paracetamol: a survey of New Zealand physiotherapists’ knowledge and behaviouurs. Physiother. Res. Int., v.16, n.1, p.43-49, 2011.

COELHO-DE-SOUZA; L.N. et al. Conhecimento e atitudes de fisioterapeutas sobre fármacos anti-inflamatórios não esteroides. Rev.Dor, v.14, n.1, p.44-47, 2013. doi: 10.1590/S1806-00132013000100011.

DERRY, S. et al. Topical AINEs for chronic musculoskeletal pain in adults. Cochrane Database Syst. Rev., v. 9, CD007400, 2012. doi: org/10.1002/pri.472.

DIAS, M. et al. Effects of electroacupuncture on local anaesthesia for inguinal hernia repair: a randomized placebo controlled trial. Acupunct Med, v.28, n.2, p.65-70, 2010. doi: org/10.1002/14651858.CD007400.pub3.

GOLAN, D.E. et al. Princípios de farmacologia. A base fisiopatológica da farmacoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

GONZALEZ MANSO, M.E., ALVES BIFFI, E.C., GERARDI, T.J. Prescrição inadequada de medicamentos a idosos portadores de doenças crônicas em um plano de saúde no município de São Paulo, Brasil. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v.18, n.1, p.151-164, 2015. doi: org/10.1590/1809-9823.2015.14056.

HEINEMEIER K.M. et al. Effects of anti-inflammatory (NSAID) treatment on human tendinopathic tissue. Am. J. Appl. Physiol., v.123, n.5, p.1397-1405, 2017. doi: 10.3233/BMR-160577

HOCHBERG M.C. et al. Recommendations for the use of nonpharmacologic and pharmacologic therapies in osteoarthritis of the hand, hip, and knee. Americ. Col. Rheum., v.64, n.4, p.465-74, 2012. doi: org/10.1002/acr.21596

KLINGE, S.A.; SAWYER, G.A. Effectiveness and safety of topical versus oral nonsteroidal anti-inflammatory drugs: A comprehensive review. Phys. Sport Med., v.41, n.2, p.64-74, 2013. doi: org/10.3810/psm.2013.05.2016.

LIMA, A.S.; ALVIM, H.G.O. Revisão sobre anti-inflamatórios não-esteroidais: ácido acetilsalicílico. Rev. Inic. Cient. Exten., v.1, n.esp, p.169-174, 2018.

LINDHARDSEN, J. et al. Non-steroidal antiinflammatory drugs and risk of cardiovascular disease in patients with rheumatoid arthritis: a nationwide cohort study. Annals of the Rheumatic. Disea., v. 73, p. 1515-1521. 2014. doi: 10.1136/annrheumdis-2012-203137.

MELGAÇO, S. et al. Nefrotoxicidade dos anti-inflamatórios não esteroidais. Med. (Ribeirão Preto. Online), v.43, n.4, p.382-390, 2010. doi: org/10.11606/issn.2176-7262.v43i4p382-390

MINEN, M.T. et al. A survey of knowledge, attitudes, and beliefs of medical students concerning antimicrobial use and resistance. Microb. Drug Resist., v.16, n.4, 2010. doi: org/10.1089/mdr.2010.0009

MOREIRA, M.; AFONSO, M.; ARAÚJO, P. Anti-inflamatórios não esteroides tópicos no tratamento da dor por osteoartrose do joelho: uma revisão baseada na evidência. Rev. Port. Med. Geral Farmacol., v.30, p.102-108, 2014.

NAIDOO, S.; MEYERS, A.M. Drugs and the kidney. Afr. Med. J., v.105, n.4, p.2683, 2015. doi:10.7196/SAMJ.9537.

PETROFSKY, J.S. et al. Use of low level of continuous heat and Ibuprofen as an adjunct to physical therapy improves pain relief, range of motion and the compliance for home exercise in patients with nonspecific neck pain: a randomized controlled trial. J. Back Musc. Rehab., v.30, n.4, p.889-896, 2017. doi: 10.3233/BMR-160577.

RANG, H.P., DALE, M.M. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

SANDOVAL, A.C. et al. Uso indiscriminado dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINES). Rev. Cient. FAEMA, v.8, n.2, 2017.

SECOLI, S.R. et al. Tendência da prática de automedicação entre idosos brasileiros entre 2006 e 2010: Estudo SABE. Rev. Bras. Epidem., v.21, n.2, 2019. doi: 10.1590/1980-549720180007

ZHANG, Z. et al. Nonsteroidal anti-inflammatory drugs for postoperative pin control after lumbar spine surgery: A meta-analysis of randomized controlled trials. J. Clin. Anesth., v.43, p.84-89, 2017. doi: 10.1016/j.jclinane.2017.08.030.

Downloads

Publicado

2019-12-18

Como Citar

BOSCARIOL, Rodrigo et al. Conhecimentos dos Pacientes da Clínica Escola de Fisioterapia Sobre o Uso de Anti-Inflamatórios Não Esteroidais (AINE). Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, [S. l.], v. 23, n. 3, p. 175–179, 2019. DOI: 10.17921/1415-6938.2019v23n3p175-179. Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/6905. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos